sábado, 28 de março de 2009

2001 | Digital brazuca

Brazuca é um apelido pouco carinhoso como o qual os portugueses costumam zombar dos brasileiros e do "jeitinho brasileiro" de fazer as coisas. Digital, segundo o Aurélio, não é só o que é relativo aos dedos (como impressão digital), mas o que é relativo aos dígitos, dando origem ao nome hoje popular com o qual conhecemos todas as modernas tecnologias binárias, não analógicas. Juntar estas duas palavras expressa, mais do que uma possível contradição, a busca de uma identidade e a escolha de um ponto de vista.

Somando o desejo de especular sobre a(s) idéia(s) de identidade e respondendo à demanda de um trabalho de dança interagindo com novas tecnologias, Digital Brazuca passeia por identidades servindo-se de alguns aparatos de tecnologia da imagem e do som. O uso destes aparatos está, dentro do universo "tecno-brazuca" deste experimento, a serviço de desvendar o que há de mais vivo, espontâneo e íntimo, e como tudo que é humano, sujeito à falhas (e como muito do que é brasileiro, disponível para improvisar a partir delas).


concepção e direção: Dani Lima
criação coreográfica: Cia de Dança Dani Lima
direção musical e trilha sonora original: Felipe Rocha
direção de arte: André Weller
figurinos: Valéria Martins
iluminação: Paulo César Medeiros
direção de produção: Márcia Dias
produção executiva: Letícia Jacques
vídeos: Dani Lima, André Weller, Bruno Murtinho e TV Zero
assistência de direção: Mônica Prinzac

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